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Mostrando postagens de julho, 2023

Histórias

Um dia quero as minhas melhores histórias contadas em um livro, com páginas soltas e palavras perdidas. E você será uma delas. Das mais belas e cativantes, das mais sinceras e apreciadas. Contarei nossa história como quem conta estrelas no céu e falarei do seu nome como se fosse materializar no papel. E das mais preciosas cantigas, das mais famosas poesias, eis a que vem fácil de ser dita, eis a que vem a mente como abrigo ao escurecer das tardes frias. Pois é no seu olhar que se encontra a calma e no seu abraço que encontro aconchego, que aquece e alivia. Tira da alma os males da vida e eleva a áurea num lugar sereno. Ao seu lado se tem segurança, tem paz. Tem tudo que eu preciso. Em teu manso lar, fiz morada e acolhi o amor como um amigo.

Imperfeição

     Descobri que tenho medo da vida, medo das mudanças, dos sofrimentos, das desilusões, das perdas...Tenho medo de viver.      Nos momentos mais difíceis da minha vida, eu me perdi, enfraqueci. Não consegui passar pelos desafios com sabedoria e esperança. Eu afundei, e quanto maiores eram os desafios, mais fundo eu ia, até chegar ao ponto de achar que não voltaria mais a ver a superfície.     Não sou o tipo de pessoa que escreve que temos que encarar as adversidades da vida com força e calma, porque escrevo sobre o que eu vivo, sobre quem eu sou. E eu sou fraqueza, sou agitação, sou a mais perfeita representação da imperfeição.     Eu vivo remoendo o passado e sofrendo com o futuro, logo, não vivo. Minha linearidade do tempo está corrompida, já que não consigo aproveitar o presente, o instante, o agora.     Penso quando afundarei novamente em pensamentos, qual será a próxima armadilha da minha mente e o quanto ela poderá me d...

Palavras

 Palavras, o que são? Seriam elas apenas letras soltas ao vento e presas ao enredo, num embolado de tentativas de emaranhá-las  em formas específicas? Talvez sejam, mas pra mim são infinitamente mais. A depender do contexto as palavras são salvação, capazes de alimentar uma alma enfraquecida e de curar um coração vazio. Escrever é remédio para a minha alma, é a cura de todas as minhas cicatrizes, é desprender de tudo aquilo que inquieta o meu ser. Tornando a inspirar o ar da vida. O que inflama por dentro, vira arte fora, se transforma em palavras que ardem no peito, versos que clamam liberdade. Aprisionados, até que o devido momento chegue. E, nessa hora, o despertar da esperança, convida a externalizar o que já não se entende, o que já não se vê, o que apenas sente. Curando a paz, que já me era ausente e tornando a acreditar na esperança que se tornara vaga em minha mente.