Descobri que tenho medo da vida, medo das mudanças, dos sofrimentos, das desilusões, das perdas...Tenho medo de viver.
Nos momentos mais difíceis da minha vida, eu me perdi, enfraqueci. Não consegui passar pelos desafios com sabedoria e esperança. Eu afundei, e quanto maiores eram os desafios, mais fundo eu ia, até chegar ao ponto de achar que não voltaria mais a ver a superfície.
Não sou o tipo de pessoa que escreve que temos que encarar as adversidades da vida com força e calma, porque escrevo sobre o que eu vivo, sobre quem eu sou. E eu sou fraqueza, sou agitação, sou a mais perfeita representação da imperfeição.
Eu vivo remoendo o passado e sofrendo com o futuro, logo, não vivo. Minha linearidade do tempo está corrompida, já que não consigo aproveitar o presente, o instante, o agora.
Penso quando afundarei novamente em pensamentos, qual será a próxima armadilha da minha mente e o quanto ela poderá me desestabilizar. Será pior? Sinto-me incapaz de dizer. Será que um dia deixará de existir? Gosto de pensar que sim.
É bom recordar dos momentos sem crise, sem pânico, sem tremores, taquicardia e dores. Mas esses são passageiros, porque a vida também tem pânico, a vida também tem dor. Essa mesma dor que invade meu peito, como se gritasse com todas as forças que lhe restam "pare, respire"... Mas não posso, não consigo.
Se por ventura pudesse, não seria eu.
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