Tenho um mural na parede...
Ele não é enorme como deveria,
mas se destaca na bagunça.
E nele há seis fotos,
seis momentos.
Com as pessoas mais importantes da minha vida,
mas só as melhores.
É uma seleção cuidadosa.
E eu nunca tinha olhado pra ele dessa forma,
pensando na vida...
Pensando nessa viagem louca que é estar vivo
e como a gente passa por altos e baixos,
as vezes na mesma proporção de intensidade
em um só dia
E que viver é isso,
não tinha como ser de outra forma.
De qualquer jeito,
pensar na vida é difícil demais.
Pensar que essa aventura é finita,
que um dia o mural que me deixa nostálgica
pode vir a me deixar triste,
ou que um dia não sobrarão palavras
para eu escrever meus desassossegos;
Que as coisas são passageiras
e é por isso que devemos zelar por elas,
mas eu falho as vezes nesse papel.
E como me culpo quando falho.
Mais uma coisa que faz parte da vida
e que ainda não me acostumei...
Nós erramos!
A única forma de tirar o barulho da minha cabeça
é se eu o transferir para o papel.
Gosto do papel.
Mas também gostaria de entender.
Não sei o que tem reservado para mim
mas, enquanto existirem perguntas,
existirá sobre o que escrever.
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