Palavras, o que são? Seriam elas apenas letras soltas ao vento e presas ao enredo, num embolado de tentativas de emaranhá-las em formas específicas? Talvez sejam, mas pra mim são infinitamente mais. A depender do contexto as palavras são salvação, capazes de alimentar uma alma enfraquecida e de curar um coração vazio. Escrever é remédio para a minha alma, é a cura de todas as minhas cicatrizes, é desprender de tudo aquilo que inquieta o meu ser. Tornando a inspirar o ar da vida. O que inflama por dentro, vira arte fora, se transforma em palavras que ardem no peito, versos que clamam liberdade. Aprisionados, até que o devido momento chegue. E, nessa hora, o despertar da esperança, convida a externalizar o que já não se entende, o que já não se vê, o que apenas sente. Curando a paz, que já me era ausente e tornando a acreditar na esperança que se tornara vaga em minha mente.
Tenho um mural na parede... Ele não é enorme como deveria, mas se destaca na bagunça. E nele há seis fotos, seis momentos. Com as pessoas mais importantes da minha vida, mas só as melhores. É uma seleção cuidadosa. E eu nunca tinha olhado pra ele dessa forma, pensando na vida... Pensando nessa viagem louca que é estar vivo e como a gente passa por altos e baixos, as vezes na mesma proporção de intensidade em um só dia E que viver é isso, não tinha como ser de outra forma. De qualquer jeito, pensar na vida é difícil demais. Pensar que essa aventura é finita, que um dia o mural que me deixa nostálgica pode vir a me deixar triste, ou que um dia não sobrarão palavras para eu escrever meus desassossegos; Que as coisas são passageiras e é por isso que devemos zelar por elas, mas eu falho as vezes nesse papel. E como me culpo quando falho. Mais uma coisa que faz parte da vida e que ainda não me acostumei... Nós erramos! A única forma de tirar o barulho da mi...